História do Câmara Lisboa Clube
O Câmara Lisboa Clube continua a crescer
Seria pretensioso querer relatar neste curto espaço, a história de quase 20 anos do Câmara Lisboa Clube. No entanto, ficam alguns apontamentos que sintetizam e retratam o aparecimento desta associação que nasceu com o objectivo de proporcionar aos trabalhadores do Município e seus familiares a possibilidade de ocuparem os tempos livres em actividades de cariz desportivo, recreativo e cultural.
Esta ideia, surgiu de um conjunto de funcionários da extinta Direcção de Serviços de Salubridade e Transportes (DSST), mas por razões várias só em 30 de Outubro de 1984 apareceu a primeira comissão instaladora, que iniciou e desenvolveu o seu processo de legalização. Em 15 de Abril de 1985 foram eleitos os primeiros Corpos Sociais, que assinaram a 11 de Julho, em escritura notarial a existência legal do Câmara Lisboa Clube.
Entre outras, a grande dificuldade em conseguir uma sede, foi sempre uma preocupação constante do Clube. Desde sempre instalado em sedes provisórias e com poucas condições para o seu bom funcionamento, quer a nível de gestão, quer a nível de espaço físico para os associados e seus familiares conviverem. Teve o seu primeiro espaço no Casal Pedro Teixeira, nas instalações do posto de limpeza. Este espaço foi gentilmente cedido pela Câmara Municipal de Lisboa através do Vereador Pedro Feist, a pedido do Eng.º Raul Viana, elemento da Comissão instaladora. Carenciada de obras de restauro, esta sede nunca chegou a ser o local de convívio pretendido, por falta de verbas para as obras de beneficiação. É pedido, em alternativa a cedência de um novo espaço, para se poderem concretizar os objectivos que deram origem à formação deste Clube.
A 16 de Agosto de 1988, inaugurada oficialmente a nova sede, mais uma vez em instalações de carácter provisórias pertencentes à ex-DSST, sitas nas oficinas de Alcântara, local onde até há pouco se manteve.
Mais de uma dezena de Direcções passaram por este Clube, todas elas, de uma forma ou de outra, contribuíram com alguns esforços para trazerem até aqui a ideia original que o fizera nascer. Exemplo disso é o trabalho desenvolvido pela Direcção anterior, privilegiando a criação de infra-estruturas, cujo aspecto mais visível reside nas excelentes condições de trabalho e de convívio que a sede social do CLC presentemente nos oferece, merecendo o crédito de confiança que nos pedem.
A actual sede foi inaugurada a 29 de Outubro de 2002, na Av. do Brasil, pelo Dr. João Amaral e pelo Sr. Vereador Pedro Feist. As novas instalações, com cerca 1100 m2, possuem uma sala de convívio (com jogos de bilhar, ténis de mesa e um bar), duas salas de formação, para além de um ginásio para a prática de fitness, aeróbica, ginástica de manutenção, modalidades de combate e musculação.
Com a tomada de posse da nova Direcção do Clube, - uma continuação da Direcção anterior -, pretende-se abranger outras áreas que até aqui não foram possíveis de realizar porque as prioridades assim o exigiram. A cultura é uma delas. Temos alguns projectos que queremos ver realizados: noite de fados; exposições com obras realizadas pelos funcionários; convívios entre funcionários, etc., além de alargar aos associados a oferta da prática do desporto.
Esta Direcção tudo fará para que o Clube permaneça vivo e dinâmico, com a colaboração de todos os associados, pelo que é fundamental a sua participação.
Copyright (c) Sílvia Cabral In "CMLisboa INTRANET"
História da Seigokan em Portugal
Historial Simplificado da Seigokan em Portugal
Tudo começa com a vinda para Portugal do Mestre Mitsuharu Tsuchiya 3.º Dan de Nippon Kenpo, estávamos em 17 de Maio de 1975.
Fundou a Escola de Budo em Sapadores – Lisboa, convidou vários mestres Japoneses de outros estilos tais como: Shorinji-Kenpo, Judo, Aikido, Kendo e Iaido, onde ali divulgavam as suas artes em conjunto com o Nippon-Kenpo, todos unidos pelo mesmo espírito de Budo. Nessa época a situação em Portugal era complicada a diversos níveis.
Mesmo assim convidou ainda o Mestre Katsumune Nagai 4º Dan de Goju-Ryu, aluno de Mestre Seigo Tada e campeão por quatro vezes nos Campeonatos da Seigokan e Interestaduais do Japão, que chegou a Portugal em 2 de Outubro de 1976.
Criou assim uma escola forte com cerca de 60 alunos, onde se destacaram vários alunos treinados pelo Mestre Katsumune Nagai e se conheceram, Eduardo Pinheiro, José Santana, João Salgado, Carlos Fernandes e Altino Morais, entre outros, que por variadas situações foram deixando de treinar ou pertencer à Seigokan. Os treinos eram bem orientados, com um carácter forjado por árduas sessões. Todos os estilos viviam em conjunto e em respeito para com as várias Artes Marciais existentes na Escola de Budo.
Após alguns anos decidiram fechar a Escola de Budo e cada arte seguiu o seu rumo individualmente.
Em 1978 criámos a Associação de Karate-do Nagai-Kai, em homenagem ao Mestre Nagai.
Em 1979 o Mestre Nagai por motivos familiares teve que regressar definitivamente ao Japão e quis então deixar em Portugal o primeiro cinto preto 1º Dan e o escolhido foi o Eduardo Pinheiro.
Legalizámos a Associação junto da CDAM – Comissão Directiva de Artes Marciais, sob a alçada do Ministério do Exército. Neste período havia dois Dojos em actividade, o Dojo da Encarnação e o Dojo de Arroios, vindo este a encerrar por motivos alheios à prática do Karaté, ficando apenas o da Encarnação.
Em 1980 abrimos o Dojo de Alcântara e mudámos o nome da Associação, para a existente ainda hoje em Portugal, Associação de Karate-do Seigokan de Portugal por uma questão de uniformidade de critérios, tendo em conta o nome das associações nos outros Países.
Em Setembro de 1981, quando nesta altura a média de idade dos alunos era de 20 anos, rondando os 40 alunos, o Eduardo Pinheiro decidiu fechar o único Dojo em actividade, o da Encarnação, desta vez por motivos de ordem superior, uma vez que foi cumprir o seu serviço Militar. Todos os alunos, com alguma frustração, ficaram sem poder treinar e desenvolver o Goju-Ryu Seigokan. Na sua maioria, estes alunos seguiram outros estilos, ou até mesmo nunca mais treinaram ou voltaram a entrar em contacto com a Seigokan.
Em 1983 voltamos a reunir com alguns alunos mais crentes e capazes para o sucesso. Da Seigokan em Portugal, os seus nomes são os seguintes: Eduardo Pinheiro, José Santana, João Salgado, Carlos Fernandes e Altino Morais.
Abriram-se os Dojos de Campo de Flores – Lazarim e reabriu-se o Dojo de Alcântara, onde durante este período recebemos visitas esporádicas do Mestre Nagai.
Em Outubro de 1986, Eduardo Pinheiro e José Santana vão pela primeira vez ao Japão com o intuito de fazerem exames de graduação para 2º Dan e 1º Dan respectivamente, o que conseguiram plenamente, após um estágio em diversos Dojos sempre controlados pelo Grande Mestre Seigo Tada.
Ainda neste ano foram criados os Dojos de Queluz e Queluz de Baixo, que ficaram a ser orientados por Eduardo Pinheiro, e os da Charneca de Caparica e do Lazarim por José Santana.
Em Janeiro de 1987 o Mestre Nagai numa das suas deslocações a Portugal graduou para 1º Dan, Carlos Fernandes.
Nesse mesmo ano de 1987 veio a Portugal pela primeira vez o Grande Mestre Seigo Tada tendo efectuado exame para 1º Dan a João Salgado.
Ainda neste ano abriu-se o Dojo de Moscavide.
Em 1989 fizémos novamente um convite ao Grande Mestre Seigo Tada para vir a Portugal conhecer os alunos e orientar um estágio de uma semana, ao que ele acedeu prontamente, com toda a vontade. Foram feitos exames de graduação para 3º Dan a Eduardo Pinheiro e para 2º Dan a José Santana, João Salgado e Carlos Fernandes.
Em 1991 foi atribuído a Altino Morais o nível de 1º Dan por Eduardo Pinheiro, tendo este competência para o fazer, uma vez que era o Director Técnico Nacional na altura.
Em 1992 José Santana fez uma visita e um estágio em Macau onde treinou com vários Mestres da A.K.S.M - Associação de Karate-do de Macau, tendo sido aconselhado por mestres de Macau a passar pelo Japão e fazer o seu exame de Graduação para 3º Dan, onde se encontrou com Mestre Yoki e Mestre Nagai.
Em Setembro de 1993 Eduardo Pinheiro mais uma vez, e desta, por motivos profissionais, que o impediam de estar com regularidade à frente da Seigokan, abdicou do seu estatuto de Director Técnico Nacional passando este para José Santana, cargo que detém ainda no presente.
Neste mesmo ano o Dojo de Queluz de Baixo passou a ser orientado por Altino Morais, após ter estado alguns anos sob a orientação de João Salgado.
Em 1 de Março de 1996 conseguimos finalmente matricular a A.K.S.P. no 23º Cartório Notarial de Lisboa, tendo estado Eduardo Pinheiro sem treinar durante o período de cinco anos, possuindo actualmente a graduação de 3º Dan.
Em 1997 foi atribuído a Altino Morais o nível de 2º Dan pela Direcção Técnica Nacional da A.K.S.P.
Nesse mesmo ano Eduardo Pinheiro voltou à Seigokan depois de ter resolvido a sua situação profissional e criou o Dojo de Torres Vedras. Ainda nesse ano, em Novembro, estava agendada mais uma visita a Portugal do Grande Mestre Seigo Tada, que veio a perecer a 18 de Setembro.
Em Julho de 1998 José Santana e Carlos Fernandes deslocaram-se ao Japão a fim de participarem no 53º Campeonato Mundial da Seigokan. Tiveram uma participação digna pelo facto de José Santana se ter sagrado campeão mundial de Kumite e obtido o segundo lugar em Kata.
Após o campeonato foram realizados exames de graduação para 4º Dan e 3º Dan respectivamente.
Em Março de 2001 Altino Morais ficou responsável pelo Dojo de Moscavide.
Em Novembro no mesmo ano Eduardo Pinheiro mais uma vez abandona a Seigokan, desta vez por não terem sido aceites as suas imposições no seio da A.K.S.P.
Em Dezembro de 2002, com o conhecimento da Sra. Tada recebemos a visita do Mestre Kiyotaka Takasaki que esteve entre nós durante uma semana, onde organizámos um estágio orientado por Mestre Takasaki ao qual se seguiram exames de graduação de vários Dans, onde inclusivamente Altino Morais fez o seu exame para 3º Dan.
Em Julho de 2004 José Santana com mais uma equipa da Seigokan de Portugal participa no 59º Campeonato Mundial da Seigokan e pela segunda vez consegue o título de campeão, de que muito nos orgulha e honra, tendo realizado o seu exame para 5º Dan.
Em Dezembro de 2005, Carlos Fernandes, 4ºDan, abandona a A.K.S.P. e a Seigokan após 30 anos de prática, desrespeitando os estatutos e o Director Técnico Nacional.
Todos os anos a A.K.S.P. organiza um kangeiko entre todos os Dojos, estágios e Campeonatos da Seigokan.
Já tivemos participações dignas em campeonatos Regionais e Nacionais organizados pela Federação Nacional de Karate-Portugal, Taça de Portugal, entre outras Entidades.
Em Junho de 2006, José Santana e Altino Morais organizaram o XXVIII Campeonato Nacional da Seigokan com a participação de 206 alunos na sua totalidade.
José Santana - 150 alunos.
Altino Morais - 30 alunos.
Luís Gaspar - 20 alunos.
Eduardo Pinheiro - 6 alunos.
Situação actual:
José Santana (5º Dan) tem 10 dojos - 300 Alunos.
Altino Morais (3º Dan) tem 2 dojos - 70 Alunos.
Luís Gaspar (2º Dan) tem 1 dojo - 30 Alunos.
Em Dezembro de 2006 inexplicavelmente também Eduardo Pinheiro, 3ºDan, após estar indigitado para assumir o cargo de Presidente da AKSP, desrespeita os estatutos da mesma e numa atitude intransigente e prepotente para com os seus colegas, abandona a Direcção da AKSP e a Seigokan mais uma vez, vindo a assumir tal cargo Altino Morais, 3ºDan, mantendo-se José Santana, 5ºDan, como Director Técnico Nacional e passando João Salgado a Presidente Honorário da Associação de Karatedo Seigokan de Portugal (AKSP).
Janeiro de 2007
A Direcção da AKSP